21 de janeiro de 2012

ponto fabuleiro

hortensia fernández veste assim o ponto fabuleiro

a fibra que melhor senta a este ponto é a imaginaçom. como dá um tecido mesto e espesso, é habitual utilizá-lo para prendas de abrigo. quando a realidade é fria e hostil, nada melhor que tirar da fábula para proteger-se da congelaçom. a chave para que este ponto dé bom resultado é gandujá-lo ao tempo que escuitamos estórias, vemos umha boa película ou atendemos á letra duma cançom.
no ponto fabuleiro acolho dous tipos de textos.
  • por uma banda, reviso ou ad(a)opto personagens literárias femininas que fam parte do nosso imaginário colectivo, e que muitas vezes servírom de modelo na nossa educaçom. eram as mulheres que (nom) tinhamos que ser: a cinsenta, a branca de neve, a carapuchinha, a bela adormecida, as bruxas...mas também as boas e as más das tele-novelas, as lara croft, as sereias, as mouras, as deusas gregas e as virgens cristãs. de muitas delas aprendemos uma versom burguesa e disney a ocultar uma outra imagem da mulher mais heterogênea e varia.
  • por outra parte, seguindo as teorias de ria lemaire, dou acolhida neste ponto fabuleiro, a gêneros femininos da literatura de tradiçom oral, que com o tempo fôrom engolidos pola literatura escrita, desprezados pola alta cultura (masculina, claro), ou mesmo desaparecidos: os contos populares narrados ao pé do lar, a cantiga de amigo, o canto de berce, a adivinha, as sortes e rezas, os cantares do romanceiro, os cantos de labor, etc.
claro que, este ponto é o mais fácil de combinar com qualquer outro, polo que na realidade, recorre todo o poemário aportando calidez aos outros pontos utilizados.

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nom há pontada sem fio