21 de janeiro de 2012

curandeira III


quando andava a artelhar este livro ao tempo que lia lenta e intensamente clarissa, adoeceu camino, uma amiga. deixamos de vê-la da noite para a manhá, ingressou no hospital, submeteu-se ao poder da ciência médica e os avanços da técnica, mas seguia doente. 
o seu corpo suportou as agressons das terápias, em versom rádia e química, e o seu espírito aguentou um longo isolamento entre quatro muros esterilizados e purificados de germes. porém, seguia doente. 
andados os messes, fomos assumindo todos, ela mesma, família e amizades, que nem medicina nem técnica nem terápias davam arranjado o seu corpo descalabrado.
foi entom que eu desejei ser xamã, huesera, loba, ou simples curandeira. também quigem conhecer o canto, a reza, a invocaçom divina ao deus ou deusa que fosse.
foi entom que escrevim este poema.


a fotografia tirei-na de aqui. é de christiane pedros e leva por título la huesera.

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nom há pontada sem fio