Chelo com a sua família, antes do golpe de estado do 36 |
para mim foi um orgulho participar naquela luita e nunca renego do meu passado nem me nego a falar daquilo. naquel tempo às mulheres que andavamos com guerrilheiros chamavam-nos putas. eram os fascistas e a guarda civil os que diziam isso: "as putas dos roxos, essas estám fodidas polos roxos", dizia o cartón aquel do quartel de ponferrada, quando estavamos várias moças de guerrilheiros. é algo que nom admito. as guerrilheiras eramos como todas as mulheres e nada tinhamos que ver com a imagem que tinham de nós: apaixonavas-te por um guerrilheiro como podias apaixonar por outro homem. eles eram honrados. entre nós havia muito respecto e nunca che diria um guerrilheiro uma palavra que ti nom quigesses escuitar. por outra parte, nós sabiamos qual era a nossa luita. eu era dona dos meus actos e nom tinha que dar explicaçons a ninguém. a sociedade daquele tempo nom nos entendia.
consuelo rodríguez lópez, chelo, cujo testemunho recolhe aurora marco na obra mulheres na guerrilha antifranquista galega, 2011.
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nom há pontada sem fio